Não pode tremer!!!???
08/11/2016“Aos vencedores… Os despojo”
17/11/2016Texto abaixo escrito por Rui Miguel
Existe um distúrbio muito conhecido mas eu não sei ao certo o nome. Não sei se é discinesia, ou se SPI (Síndrome das Pernas Inquietas) ou Parassonia, mas é definida como manifestações noturnas anormais durante o sono, em forma de movimentos, que levam à interrupção do mesmo.
Sim, eu sei, você vai me dizer que não conhece pelo nome mas com certeza já passou por isso. Quando você inicia o sono em que os sonhos começam a aparecer na sua mente, você sonha que está jogando futebol e um dos chutes que você dá no sonho ocorre na realidade em sua cama. E coitado de quem está ao seu lado
As vezes é um chute, um murro, uma cotovelada. Bem, acredito que todos já tiveram uma experiência como essa. Mas para as pessoas que possuem Parkinson, lógico em alguns casos, esses movimentos repentinos são mais comuns. Nada grave. Dependerá muito do seu nível de cansaço, estresse. Nada preocupante.
Já chutei muito a minha esposa e já dei uma cotovelada na cabeça dela. Não venham me dizer sobre a lei “Maria da Penha”, eu estava sonhando, e ela que por infelicidade estava no lugar errado. Situação normal até então, que acontece com a maioria das pessoas independente se possui Parkinson ou não.
A algum tempo, depois que o Parkinson apareceu, eu já havia percebido que os movimentos involuntários durante o sono estavam um pouquinho mais intensos. Nada que me atrapalhasse a dormir.
Em uma dessas noites sonhei que estava dirigindo um carro e que eu estava sendo perseguido, não me lembro bem o porque. Mas o que me lembro é que durante uma curva acordei caindo da cama, batendo a cabeça na parede e depois batendo a cabeça no chão do meu quarto.
Como era de se esperar, acordei muito assustado e com dor. Minha esposa acordou, mais assustada ainda, perguntando:
– O que aconteceu? O que você está fazendo no chão? Que barulho foi esse?
E eu disse:
– Eu cai no chão. Estava sonhando que estava dirigindo e fiz uma curva…
Então terminei:
– … Acho que a curva foi muito fechada…
Depois disso não parávamos de rir
E essa situação me mostrou uma coisa muito simples: Temos que levar a vida menos a sério. Temos que rir mais das situações, mesmo que elas sejam tristes ou bizarras como essa. Isso nos ajuda a levar a vida melhor. Eu sei, eu sei, nem tudo são flores e que o riso constante é insano. Então existe o dia em que você está triste, mas são esses dias que nos fazem valorizar o riso diário.
Dessa maneira termino com a frase de William Arthur Ward:
“Ser capaz de rir de si mesmo é maturidade.
Abraços a todos.